quinta-feira, novembro 22, 2012

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É engraçado como a memória é algo traiçoeiro.
Te faz lembrar de coisas que você queria esconder no fundinho do baú
e te obriga a esquecer de situações que você queria tatuar.
No meu caso, a lembrança é sempre a mais difícil de lidar.
Pra mim tanto coisas boas quanto coisas ruins me marcam na forma de palavras, cheiros, músicas...
mas, pior do que coisas concretas, meu cérebro tem uma forte conexão com meu coração e registra um pormenor de cada pessoa que passa na minha vida.
Quando diz respeito aos amores, então, ainda é aprendizado recente guardar o encantamento em um canto qualquer.
Pra mim não existe qualquer.
Não foram tantos assim, mas saber que eles existiram é a inspiração pra minha poesia; e eu não vivo sem ela.
No paradaxo em que me encontro hoje entre a memória e a poesia busco o que quero e como quero tornar lembrança?
Quem eu devo lembrar e por quem devo lutar para construir novas histórias?
Vou descobrindo melhor como conviver com esse mecanismo e se der tempo, registro aqui pra não esquecer...

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